quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Indonésia pede prisão de ex-diretor da 'Playboy' por 'material indecente'




Promotoria quer que Edwin Aranda cumpra de dois anos de prisão.
Ele foi condenado por publicar fotografias de mulheres com pouca roupa.

A promotoria de Jacarta decidiu prender "de forma imediata" o ex-diretor-geral da edição indonésia da revista "Playboy", Edwin Aranda, para que cumpra uma condenação de dois anos de prisão por publicar "material indecente", informou nesta quinta-feira (26) a imprensa local.
Foto de arquivo mostra Erwin Arnada em 2006, com exemplares da primeira edição da revista, em JacartaFoto de arquivo mostra Erwin Arnada em 2006, com exemplares da primeira edição da revista, em Jacarta.

O promotor Muhammad Yousef disse que a decisão foi tomada depois que na quarta-feira chegou a seu escritório uma cópia da sentença emitida pela Corte Suprema em julho de 2009, condenando Aranda pela publicação de fotografias de mulheres com pouca roupa.

"Dei a ordem para que se apresente em meu escritório na segunda-feira. A carta será enviada outras duas vezes caso não responda. Vamos detê-lo à força caso ignore o terceiro aviso", disse Yousef ao jornal "The Jakarta Post", afirmando ainda que não sabe os motivos da demora para a chegada da sentença.

Aranda foi condenado pelo Supremo depois que grupos radicais islâmicos recorreram após sentença de um tribunal do distrito sul de Jacarta, que absolveu Aranda em 2007.

Na ocasião, o juiz Efran Basuning avaliou que as imagens, que não mostravam mulheres nuas, não podiam ser consideradas pornográficas, e por isso, não violavam a lei.

A Frente de Defensores do Islã (FDI), organização que apresentou o recurso, se mobilizou contra da publicação da "Playboy" no país.

Após a publicação da primeira edição, em abril de 2006, vários ativistas da FDI apedrejaram os escritórios da revista, que deixou de ser publicada pouco depois.

A Indonésia é o país com a comunidade muçulmana mais numerosa do mundo, e pratica, em sua maioria, um Islã moderado. Os serviços de censura são, habitualmente, muito mais tolerantes que os de países árabes.

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